sábado, 11 de agosto de 2012

Los escritores más ricos del mundo

James Patterson

Os amigos do blog me permitam um minuto de besteirol:


Por qué escribe quien escribe? Las respuestas pueden ser muy diversas. Tal vez lo más frecuente (y lógico) sea que las personas escriben por puro placer. También hay quienes se vuelcan a las letras para exorcizar demonios interiores o para canalizar emociones. Y seguramente habrá autores que escriben con el dinero en mente, privilegiando las ganancias antes que los textos en sí mismos.
No importa la razón que lleve a un hombre o a una mujer a escribir: al momento de publicar, todo autor pasa a formar parte de una industria que mueve millones de dólares al año. Que un escritor sea recompensado por su trabajo, por lo tanto, es lo correcto y lo que le permitirá seguir dedicándose a este arte.
Como en todo negocio, las utilidades no se reparten de manera equitativa. La revista Forbes ha presentado un informe donde detalla quiénes son los escritores que más ganan en el mundo. Se trata de verdaderos multimillonarios que, gracias a sus libros, han logrado asegurar su bienestar económico y el futuro material de sus descendientes.
El escritor que recibe mayores ingresos por su producción literaria es el norteamericano James Patterson, quien gana más de 90 millones de dólares al año. Patterson, autor de cerca de un centenar de libros, es el creador de Alex Cross, un personaje que hace furor en Estados Unidos.
Este escritor es tan prolífico que asombra: ha presentado catorce obras sólo en el último año, informa Europa Press. Por eso muchos lo acusan de apelar a co-autores. Habría que ver, en ese caso, si los millones no son repartidos…
Detrás de Patterson, se ubica Stephen King, quien gana unos 39 millones de dólares al año. El podio de los autores más ricos lo completa una mujer: Janet Evanovich, la creadora de Stephanie Plum, con 33 millones.
Uno de los responsables de la versión digital de Forbes, Jeff Bercovici, resaltó el avance de las mujeres en el listado, que se confecciona a partir de estadísticas de ventas y de entrevistas con agentes literarios, editores y escritores. A Evanovich hay que sumar los nombres de Suzanne Collins (“Los juegos del hambre”), E.L. James (“Cincuenta sombras de Grey”) y J.K. Rowling (madre literaria de Harry Potter) entre los autores que más ganan, resalta CNN Expansión.
Este tipo de listados no dice mucho sobre calidad literaria, pero constituye una buena muestra sobre la importancia económica de la industria cultural. Ser escritor puede ser, en algunos casos, un camino directo hacia el éxito financiero.

(fonte:poemas del alma)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Morre o escritor Carlos Tavares

Carlos Alberto Tavares de Melo morreu aos 57 anos


Carlos colaborou com este blog com artigos sobre Tolstói, Faulkner, Moacyr Scliar e outros. Minha homenagem é o texto que se segue:



Morreu Carlos Tavares, aos 57 anos, e com ele todo um mundo de realidade fantástica, sombras, metáforas e medos. Conheci primeiro a voz de Carlos, pelo telefone. Demorou a se materializar, durante quase um ano foi apenas uma voz inteligente falando sobre literatura. Ao nos encontrarmos, senti que o conhecia de muitos anos, desde a adolescência literária de nós dois. Rememoramos livros, leituras, autores admirados por nós e sempre a inteligência exuberante, pueril, vibrátil, de sotaque paraibano, naquele corpo pequeno, me surpreendia.

            Deixou-nos um único livro de contos. Fábulas da Febre, uma reunião de narrativas escritas entre 1980 e 2005, livro publicado pela editora A Girafa, de São Paulo, sobre o qual escreveu o crítico e poeta Hildeberto Barbosa Filho: “se há uma linha mestra nessas ficções, ela se encontra na proximidade entre Eros e Tanatos”. Venceu, em curto espaço de tempo, o último.

            José Nêumanne Pinto chamou-o de “príncipe herdeiro do absurdo”. E outra vez cito Hildeberto, grande personalidade da crítica e da poesia brasileira: “Carlos Tavares, através de seu característico narrador - narrador de ponto de vista singular, precário, perplexo, onírico, devaneante - se põe como poeta. E como poeta sonda sobretudo a plenitude virginal da linguagem, a sua plasticidade, seus veios acústicos, num viés que se conforma perfeitamente com as matrizes valeryanos do discurso”.

            Tenho guardado em arquivo dois livros inéditos dele. São um romance, uma novela e contos esparsos. Num deles, a menina o chama insistentemente para entrar numa casa que era o passado e a morte a uma só vez. Morrer então seria o retorno a um mundo perdido. Sua literatura forte, de imagética fantástica, carregada de símbolos, mostra um escritor preocupado não apenas em contar uma história, mas um prosador consciente do uso das palavras como obra de arte e a maneira de contar antes do que contava.

            Amava Faulkner. Quando o visitei no hospital, tinha ao seu lado o romance Sartoris. A imagem dele agarrado a um livro de Faulkner permanecerá em minha memória. O gigante americano que usou as técnicas mais modernas e abusou do tempo, da memória e do espaço na ficção espelha o universo múltiplo, racional e tumultuado que era a mente literária de Carlos Tavares. Estava ele ali, algemado à doença que o mataria e ao livro que era extensão de seu braço. Aquela era uma anatomia perfeita para descrevê-lo: um homem cujas mãos não terminavam nos dedos, mas nos livros.

            Carlos tinha um temperamento difícil, mas alimentava um carinho especial pelos amigos. Sua pequena família literária o admirava. Quantos sonhos, quantas ideias, quantos livros a escrever. Virava noites insones, numa escrita automática, tomado por um frenesi, fumando sôfrego seu cigarro e bebendo seu uísque que iriam escrever seu final triste.

            Sob suas declaradas influências como Elias Canetti, Ernesto Sábato, James Joyce, Albert Camus, Kafka e Lúcio Cardoso, nos últimos meses escreveu freneticamente como a tentar vencer a morte. Se tivesse que pedir mais tempo de vida para cumprir alguma missão, seguramente esta seria um pouco mais de tempo para terminar uma novela ou um romance.

            “Tudo que não é literatura me aborrece”. A frase de Kafka cabia bem a ele. Trabalhou em vários jornais, entre eles, O Globo, Gazeta Mercantil, O Estado de São Paulo e, por fim, o Correio Braziliense onde a morte o encontrou.

            Só me resta agora lhe deixar um último recado: Tu, Carlos, que agora habitas outro mundo, imprimiste tua marca em forma de letras. São elas teu retrato que o tempo por certo tentará esmaecer, mas nunca deixará em branco ou perdido. Espero também que elas tenham o dom de amainar a saudade e a dor que o tempo inflige e cura, como um deus de duas faces. Adeus, velho amigo.